terça-feira, 23 de outubro de 2007

XIX SIC

XIX SIC
O impacto da multimídia sobre os alunos de EAD.
Pesquisadora: Bárbara
Orientadora: Liane Tarouco
Sala 601 – Faced
Formação de Professores
22/10/2007
Turno: N

Resumo:
A pesquisadora justifica sua pesquisa referente à multimídia no fator motivação. Relata que a multimídia substituiria o papel do professor, no sentido de apoio e motivação aos alunos de EAD [que, por vezes, sentem-se sós].
Desta forma, são criados tutoriais que explicam passo a passo o uso das ferramentas de autoria, assim como o AVATAR (modelo de professor), mouse ambulante que realiza a animação do passo a passo dos tutoriais; e tudo para suprir a necessidade do auxílio presencial, assim como para auxiliar o aluno quanto ao temor pelo fracasso. Além, é claro, de uma linguagem coloquial para que o aluno sinta que está interagindo com o hipertexto.
Além das ferramentas de multimídia, tomadas como motivacionais e de apoio aos alunos (da especialização à distância), também se disponibiliza ambientes próprios para reflexão colaborativa (Chat, fórum, email, comentários no portfolio,...).
Desta forma, a pesquisadora questiona-se sobre “qual a efetividade dos recursos de multimídia?” Para tentar responder à sua inquietação frente à efetividade dos recursos de multimídia disponibilizados aos alunos da especialização a distância, a pesquisadora elabora uma questão ampla para os alunos.
Desta forma, as falas dos alunos reforçam a importância dos recursos de multimídia na motivação dos alunos diminuindo, assim, o sentimento de solidão que a EAD causa.

domingo, 21 de outubro de 2007

Um não lugar para formar

No início desta semana estava pensando em um título para a minha dissertação de mestrado. Um título que abrangesse aspectos relacionados com a formação docente, assim como com a temática inclusão digital.
Então pensei no seguinte título: Um [não] lugar para a formação docente.
Mas tudo isso porque fui influenciada pelo livro Cibercultura e O que é o Virtual, de Pierre Lévy; e ainda pelo livro Globalização: as conseqüências humanas, de Zygmunt Bauman.
Em ambos os livros a questão do ciberespaço é invocada e articulada. Bauman, não conceitua nem define (provavelmente pelo seu caráter pós-moderno), mas articula de forma sociológica. Lévy, define e conceitua de forma filosófica.
No entanto, me deparei com dúvidas e incertezas conceituais. Confusões que me pararam e fizeram-me pensar no Ciberespaço e no Virtual. Mais especificamente, fizeram-me pensar nas diferenças entre o Ciberespaço e o Virtual. E existem diferenças?
Afinal eu, como tutora, (a)onde trabalho? E falo (a)onde propositadamente. Qual é o meu [nã0] lugar profissional, o meu espaço?
Para mim, ciberespaço e virtual significavam exatamente a mesma coisa. Mas, depois de ler Lévy, tudo mudou, tudo se confundiu. Noções (conceitos) que eu tinha como “certo”, desconstruiram-se.
Atualmente estou em desequilíbrio. Minha hipótese inicial de que Virtual é igual à Ciberespaço, foi negada.
Para explicar um pouco melhor, “em filosofia o virtual não se opõe ao real mas sim ao atual: virtualidade e atualidade são apenas dois modos diferentes da realidade.” [...] “o virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a árvore está virtualmente presente no grão).”(LÉVY, 1999, p.47)
Lévy ainda acrescenta dizendo que “é virtual toda entidade “desterritorializada”, capaz de gerar manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem contudo estar ela mesma presa a uma lugar ou tempo particular.”P.47
Para Bauman, extraterritorialidade seria esta nova noção espaço-temporal, onde o tempo é reduzido ao instantâneo e o espaço transcende as barreiras territoriais através do ciberespaço.
São discursos diferentes, talvez impossíveis de serem comparados ou justapostos.
Mas, poderia dizer que eu, como tutora, ou ainda, poderia dizer que as alunas do PEAD estão realizando sua formação (continuada e inicial) docente em um [não] lugar chamado Virtual (no sentido de Lévy)?
Não procurarei, a partir desta pergunta, respondê-la. Mas sim, articular alguns conceitos que, durante esta semana, aprendi.
Para Lévy, o virtual é real; mas não se pode fixá-lo em nenhuma coordenada espaço-temporal. Além disso, “o atual nunca é completamente predeterminado pelo virtual”[...]“O virtual é uma fonte indefinida de atualizações”p.48
Para Lévy, a “palavra” é virtual. Ou seja, não se pode determiná-la espaço-temporalmente, antes que esta seja atualizada [através da enunciação/pronúncia].
Desta forma, não se pode pensar no Virtual como aquilo que não está acontecendo; mas sim, aquilo que é real, e está acontecendo, constantemente, indefinidamente, imprevisivelmente. Não se pode predeterminar a atualização de uma virtualização.
Iremos a um exemplo: um hipertexto. É virtual no sentido que é real, e é atualizado independente das coordenadas espaço-temporais.
E o ciberespaço, para Lévy, caracteriza-se por ser um novo espaço universal que “dilata o campo de ação dos processos de virtualização”.p.50
Desta forma, o ciberespaço é o espaço virtual mais amplo e que, neste sentido, poderia caracterizar o meu [não] lugar profissional, assim como o [não] lugar de formação (inicial e continuada) das alunas do PEAD.
Um [não] lugar onde atualizações estão acontecendo. Um virtual real.

Bibliografia:
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.
_________. O que é o virtual. São Paulo: Ed. 34, 1996.

domingo, 7 de outubro de 2007

Tutoria e Artes

Digo que, nesta semana, aprendi. Vivenciei um momento de transformação, vivenciei uma experiência. Para Larrosa (2002,p.21) uma experiência é quando "acontecem coisas conosco e estas coisas nos transformam, fazem coisas conosco, deixam marcas, nos afetam, deixam vestígios, alguns efeitos."
Efeitos que nos fazem desaparecer, sumir, pois simplesmente nos transformamos em outra coisa, pensamos de outra forma, agimos de outra maneira. Um outro eu.
Agora, para sistematizar, sou a Suelen 1. Agora penso na Arte de uma forma que, anteriormente, não pensava.
O acontecimento foi o meu papel como tutora: comentar trabalhos de alunas na interdisciplina Artes Visuais. A experiência foi o comentário da professora de Artes, por email: esta atentou-me sobre um aspecto da releitura de uma aluna: " a forma como ela percebe a infância " (DANIELA, 5/10/07).
A partir deste apontamento percebi que podemos notar, no discurso e nas releituras das alunas, as diversas noções de mundo a partir do que elas descrevem e esboçam artisticamente. Desta forma possibilita uma rica discussão em torno de noções de verdade absoluta, valores universais e sobre os próprios efeitos globalizadores.
Possilita, enfim, desconstruir... e voltar a constituir.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007